Veja o trabalho de Fedrizzi Junior, artista que literalmente lança chamas nas modelos!
Com as suas mãos, o fotógrafo Fedrizzi Junior lança chamas nas modelos por frações de segundos, tempo suficiente para a mágica acontecer de forma segura e garantir fotos tão incríveis quanto originais!
É um trabalho belíssimo, além de bastante sensual, que merece todo destaque. Sendo assim, convidamos Fedrizzi para trocar uma ideia sobre a sua história, e claro, expor algumas fotos.
Então chega junto!
Como surgiu a ideia de agregar o fogo aos ensaios sensuais? Não é perigoso?
R: Meu trabalho com o fogo acontece praticamente junto com meu encontro com a fotografia em 2014. Sempre me senti um cara de sorte por ter achado meu projeto autoral desde o início, porém, foram 3 anos e meio até eu inventar a minha própria técnica de pintar pessoas com fogo.
E tive muuuuitas dificuldades para conseguir modelos no início!
Além da fotografia com fogo, quais outras técnicas você domina? Notamos que você também fotografa raios!
R: Pois é, quando não é fogo, é raio!
Sempre tive fascínio pelas tempestades. Lembro que quando criança tinha um poste de luz na frente da minha casa, um daqueles com transformador, e quando batia uma tempestade aquele negócio dava curto e pegava fogo, enquanto rolavam raios de fundo.
Eu morria de medo, mas ele não era maior do que minha vontade de ver aquilo acontecendo!
Em 2014 eu acabei ganhando um concurso promovido pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de melhor fotografia de raios do Brasil.
Você já chegou no nível artístico desejado? Para onde procura evoluir?
R: Acho que o mais difícil eu já fiz, criei uma técnica revolucionária. Nesse sentido, já me sinto satisfeito.
Posso morrer amanhã que a minha parte de bater a poeira da nossa passagem por essa vida está feita!
Isso não quer dizer que eu não estou evoluindo, pelo contrário, criar algo novo me deixa inquieto, então estou sempre em estado de evolução.
Qual é o ensaio que você tem mais orgulho em ter feito?
R: Ah, tenho orgulho de todos! Desde a minha fase cobaia (quando eu era o modelo), até a descoberta da minha técnica.
O primeiro ensaio que realizei testando a minha ideia foi surreal para mim. Ver na câmera o resultado se materializando… naquele dia eu me reconheci como artista, criando algo diferente de tudo que já existia no mundo.
Pode nos contar um fato inusitado que aconteceu durante algum ensaio?
R: Acho que o mais inusitado que aconteceu comigo nem foi em um ensaio, mas sim na vez que resolvi usar o principal elemento do meu trabalho, o fogo, para dedetizar um quartinho.
Quando acendi, vi o inferno por uns 3 segundos. Saí de lá parecendo aqueles personagens de desenho animado que alguém acabou de explodir! (risos)
Quais as 3 modelos mais famosas que você já fotografou?
R: Damiana, Luanna Exner e (um pequeno roubo na lista) Leandro Hassum.
Como foi colaborar com a Chilli Beans? Me conta um pouco sobre esse trabalho irado!
R: Acredito que foi um grande passo, o primeiro trabalho comercial com a minha arte. Isso me dá uma moral daquelas e credibilidade para fechar negócios com grandes marcas.
Por se tratar de um trabalho com a Chilli Beans, cujo foco está nos óculos de sol, tive uma dificuldade extra: além da modelo ficar bem na foto, eu precisava acertar o reflexo do fogo nas lentes dos óculos. E acredite em mim, não é nada fácil!
No final tudo deu certo, foi muito legal ver meu trabalho espalhado no Brasil inteiro e em alguns lugares do mundo onde a Chilli Beans tem suas lojas.
Você usa alguma técnica para deixar as modelos mais à vontade? Se sim, qual?
R: Diria que o próprio fogo deixa a modelo relaxada, ela até esquece que está sendo fotografada, afinal, está tomando um “banho de fogo”.
Eu mesmo quando vou em algum lugar público me apresentar e estou nervoso, a primeira coisa que faço é lançar um pouco de fogo na minha mão para passar o nervosismo!
Em geral, quem tem o seu primeiro contato com o fogo se enche de entusiasmo, parece que a pessoa volta a ser criança.
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